BLOGGER TEMPLATES AND TWITTER BACKGROUNDS »

domingo, janeiro 17, 2010

Há palavras que nos beijam
Como se tivessem boca.
Palavras de amor, de esperança.
De imenso amor, de esperança louca.

Palavras nuas que beijas
Quando a noite perde o rosto;
Palavras que se recusam
Aos muros do teu desgosto.

De repente coloridas
Entre palavras sem cor,
Esperadas inesperadas
Como a poesia ou o amor.

( O nome de quem se ama
Letra a letra revelado
No mármore distraído
No papel abandonado )

Palavras que nos transportam
Aonde a noite é mais forte.
Ao silêncio dos amantes
Abraçados contra a morte.


Amo-te como a planta que não floriu e tem
dentro de si, escondida, a luz das flores,
e, graças ao teu amor, vive obscuro em meu corpo
o denso aroma que subiu da terra.

Amo-te sem saber como, nem quando, nem onde,
amo-te directamente sem problemas nem orgulho:
amo-te assim porque não sei amar de outra maneira,

a não ser deste modo em que nem eu sou nem tu és,
tão perto que a tua mão no meu peito é minha,
tão perto que os teus olhos se fecham com meu sono.