Demoras-te, mas chegas-te. Fizeste-me pensar que talvez abrisses uma excepção e este ano te esquecesses de me brindar com as teus tons fortes que começam agora a pintar-me o rosto, desenhando sorrisos e redescobrindo esperanças quase perdidas. Os dias e as noites esfriaram, ao contrário do meu coração, que vai aquecendo, aos poucos.
Os castanhos, os pretos, os cinzentos, nessas roupas que ainda teimavam em não sair das gavetas, e que simbolizam o fim de um ciclo, o arrumar de todo um conjunto de... histórias, para recomeçar tudo de novo.
E é com a mesma força dessas cores que agora pintam os meus dias todas as manhãs que mais uma vez recomeço. E porque nunca fui de parar por muito tempo, aqui ando eu, a fazer trinta por uma linha, para que no final possa sentir que tudo valeu apena.
